Brasileiros chegam aos jogos olimpicos como campeões mundiais
terça-feira, 17 de julho de 2012
Por vezes, surgem medalhistas brasileiros inesperados, até então, pouco badalados antes de chegar aos Jogos. Mas quando se faz uma projeção de quem pode ser medalhista, olhamos aos resultados mais importantes durante o ciclo olímpico. Dos 259 atletas brasileiros que estarão em Londres, dez são os atuais campeões mundiais em suas respectivas modalidades, o que traz esperança para que os bons resultados recentes se repitam em 2012. Conheça os campeões mundiais brasileiros nesta Olimpíada:
Fabiana Murer (salto com vara)
Fabiana entrou para a história do atletismo brasileiro no Mundial de Atletismo de Daegu (Coreia do Sul). Ao vencer a final do salto com vara com a marca de 4,85 m, ela deu o primeiro ouro ao país em um Mundial. Além de deixar a musa Yelena Isinbayeva pelo caminho, a brasileira superou a alemã Martina Strutz e a russa Svetlana Feofanova no caminho ao lugar mais alto do pódio
Emanuel/Alison (vôlei de praia)
Uma das grandes esperanças de medalha dourada ao Brasil é o vôlei de praia, de tradição maciça no país. Ainda mais porque conta com a atual dupla campeã do circuito mundial e campeã do mundo da modalidade. Na competição bienal, que aconteceu em junho de 2011, em Roma, a dupla reinou na capital italiana. Eles conseguiram nada menos do que 100% de aproveitamento nos oito jogos até o título, com apenas um set perdido na fase de classificação. Na final brasileira, triunfo sobre Márcio e Ricardo. Para aumentar a esperança do país, Emanuel é um ícone da modalidade. São duas medalhas olímpicas (ouro em Atenas-2004 e bronze em Pequim-2008), três Mundiais e 10 títulos no Circuito Mundial
Juliana/Larissa (vôlei de praia)
A exemplo de Alison e Emanuel, Juliana e Larissa fizeram a dobradinha de conquistas do Circuito Mundial e do Mundial de Roma, em 2011. Também em um caminho sem derrotas, as brasileiras bateram as americanas Walsh/May, atuais bicampeãs olímpicas e eternas carrascas do país nos Jogos, em uma final disputada: 2 sets a 1.
Robert Scheidt/Bruno Prada (iatismo)
Atuais vice-campeões da classe Star, Scheidt e Prada fizeram história nesta categoria com a conquista do Mundial em Hyeres (França). Ao reverter a vantagem dos britânicos Iain Percy e Andrew Simpson na última regata e conquistar o tricampeonato (já haviam ganho em 2007 e 2011), eles se igualaram aos italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode, campeões velejando juntos em 1952, 1953 e 1956
Cesar Cielo (natação)
Menos de um mês após a polêmica de doping que quase freou sua evolução na carreira, César Cielo chegava ao Mundial de Esportes Aquáticos, em Xangai, sob forte desconfiança. Mas elas foram dissipadas a partir de 25 de julho de 2011, quando o brasileiro voou nas piscinas chinesas e cravou 23s10 nos 50m borboleta, que nem era a sua especialidade. Cinco dias depois, conquistaria o bicampeonato em sua especialidade, os 50 m livres. Com 21s52, o favorito arrebatou sua quarta medalha em mundiais - já havia chegado ao topo em Roma, em 2009, nos 50m e 100m livre
Everton Lopes (boxe)
No Mundial de Baku, no Azerbaijão, o ex-lavador de carros e peão de obras fez história no boxe brasileiro, em outubro de 2011. Pela categoria meio-médio ligeiro, o baiano foi ouro ao bater o ucraniano Denys Berinchyk por 26 a 23 na contagem de pontos. A medalha também foi a primeira do país em mundiais desde 1986, quando José Rodrigues foi bronze nos Estados Unidos
Mauro Vinicius da Silva (salto em distância)
O paulista de Presidente Prudente superou nada menos que Maurren Maggi, campeã olímpica e até então dona do melhor resultado no salto em distância em Mundiais Indoor: a prata em 2008 - mesmo ano do ouro em Pequim -, em Valência (Espanha). Na competição, disputada em Istambul (Turquia) no último mês de março, Mauro travou duelo com o australiano Henry Frayne, já que ambos tiveram como melhor marca 8,23 m. No desempate, o ouro ficou com o brasileiro, que tinha o melhor desempenho no segundo melhor salto da série
Vôlei masculino
Mais um episódio na coroação da hegemonia do vôlei brasileiro na última década foi o tricampeonato mundial. Em outubro de 2010, o time de Bernardinho e companhia atropelou Cuba na final por irrepreensíveis 3 sets a 0, em apenas 1h14min de partida. Com mais um título, a seleção brasileira igualou a Itália, até então a maior vencedora do torneio, quando dominou as quadras com os três títulos ganhos na década de 1990
Felipe França (natação)
O brasileiro reina nos 50 m peito, já que é o atual campeão da especialidade tanto em piscina curta (Dubai-2010) quanto em piscina olímpica (Xangai-2011). Contudo esta prova não faz parte do programa olímpico e o brasileiro vai aos Jogos de Londres para a disputa dos 100 m peito, especialidade na qual foi campeão nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011
Fabiana Beltrame (remo)
A remadora brasileira é outra que fez história no esporte brasileiro, conquistando uma inédita medalha dourada no último mundial de remo, em Bled (Eslovênia), em setembro de 2011. Pelo single skiff, ela cravou a prova em 7min44s58. Entretanto, assim como Felipe França na natação, a especialidade da remadora não faz parte das disputas dos Jogos. Sendo assim, ela tentará buscar outro bom resultado no double skiff, onde forma parceria com Luana Bartholo
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